Uma facada no peito é simplesmente uma
facada no peito. Um abraço apertado é simplesmente um abraço apertado. Um olhar
forte é simplesmente um olhar forte. Viver é simplesmente querer.
A
dimensão de tudo que nos rodeia é tão absurdamente grande, que não conseguimos
nem tentar imaginar. Seria o ato de mais baixa instrução e ingenuidade tentar
explicar aquilo que simplesmente não tem como se explicar. A morte. A vida. A dúvida. A perda. A vontade de gritar
desesperado. O surto louco que nossa mente sofre quando se vê presa na jaula da
força bruta. O som. O amor. As menores e mais belas gotículas de chuva que caem
na relva seca sem serem percebidas. Aquele simples pensamento. Aquele simples
ato. Aquelas vezes que o vento não pode levar aquilo que nos levanta e nos faz
respirar o ar fresco da esperança.
São milhares de armas atirando em alvos aleatórios, sedentos por morte. São lobos de pelo branco e rosto fino que atacam selvagemmente as crianças que brincam na floresta. São os incêndios que partem dos nossos corações que destroem nossas casas. Somos nós. As borboletas do universo. Os vácuos da imaginação. Os espaços entre tudo. A razão da certeza falha. Somos nós. A vontade de esquecer. A vontade de lembrar.
Na imagem distante nossos olhos se afogam. No cinza da morte nossa vida se descobre multicolor. Na fragilidade dos nossos sentimentos nos sentimos humanos. Na certeza dos nossos atos nós matamos. No mais perdido dos sonhos se encontra a direção. Na mais grotesca ventania se encontra a paz. Com os mais simples corações vivemos os mais duradouros momentos. Porque somos tudo aquilo que temos certeza que somos. Somos tudo o que nunca vamos ser. Tudo aquilo que nos distancia de nós. Tudo aquilo que nos faz acreditar.
Com tochas acesas marchamos em direção do horizonte, interminável, inalcançável. Mostrando como nossos olhos brilham de paixão, para nós mesmos. Porque somos todos um só coração que pulsa com o único desejo de podermos ser o que nunca seremos. Eternos.
São milhares de armas atirando em alvos aleatórios, sedentos por morte. São lobos de pelo branco e rosto fino que atacam selvagemmente as crianças que brincam na floresta. São os incêndios que partem dos nossos corações que destroem nossas casas. Somos nós. As borboletas do universo. Os vácuos da imaginação. Os espaços entre tudo. A razão da certeza falha. Somos nós. A vontade de esquecer. A vontade de lembrar.
Na imagem distante nossos olhos se afogam. No cinza da morte nossa vida se descobre multicolor. Na fragilidade dos nossos sentimentos nos sentimos humanos. Na certeza dos nossos atos nós matamos. No mais perdido dos sonhos se encontra a direção. Na mais grotesca ventania se encontra a paz. Com os mais simples corações vivemos os mais duradouros momentos. Porque somos tudo aquilo que temos certeza que somos. Somos tudo o que nunca vamos ser. Tudo aquilo que nos distancia de nós. Tudo aquilo que nos faz acreditar.
Com tochas acesas marchamos em direção do horizonte, interminável, inalcançável. Mostrando como nossos olhos brilham de paixão, para nós mesmos. Porque somos todos um só coração que pulsa com o único desejo de podermos ser o que nunca seremos. Eternos.